A Polícia Civil do Amapá, por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Capital (2ª DPC), cumpriu dois mandados prisão preventiva de integrantes de uma organização criminosa que realizava vendas fraudulentas de lotes e terrenos em várias regiões de Macapá.
De acordo com o Delegado Manoel Pacheco, os dois indivíduos estavam sendo procurados pela Polícia Civil desde o mês de janeiro desse ano, quando foi deflagrada a “Operação Camaleão”.
“As investigações demonstram que há mais de 30 pessoas envolvidas nessa organização criminosa, que vem praticando diversos estelionatos em Macapá. Até o momento, 13 pessoas já foram presas e as investigações ainda estão em curso. Essas duas pessoas se apresentaram voluntariamente na 2ª Delegacia de Polícia da Capital, após se sentirem pressionadas pelo grupo criminoso. Os dois indivíduos foram interrogados e encaminhados ao Iapen”, destacou o Delegado.
A primeira pessoa, um homem de 26 anos de idade, se apresentou na última sexta-feira e confessou os crimes. O Delegado informou que o referido homem figurava na organização criminosa como o “1º vendedor”, a pessoa cujo nome constava no modelo de contrato falso utilizado pelo grupo criminoso para dar "ar de legalidade" na transação fraudulenta. O homem responderá por estelionato, organização criminosa e falsificação de documento.
O outro homem, que tem 44 anos de idade e é guarda civil municipal, se apresentou na tarde desta terça-feira. De acordo com o Delegado, o investigado disponibilizou a conta corrente pessoal para receber R$ 90 mil referentes às vendas fraudulentas. O investigado negou participação nos crimes e alegou que se envolveu amorosamente com uma adolescente, a qual passou a fazer ameaças de divulgar fotos e vídeos com conteúdo íntimo do casal. Além disso, alegou ter sido extorquido e ameaçado de morte pelos líderes da organização criminosa. O guarda municipal, que é investigado por outros crimes, responderá por estelionato, falsificação de documento e organização criminosa.